Em um país onde o futebol é quase religião, a ascensão de Gabriel Jesus no Arsenal não poderia passar despercebida. Lembro-me da primeira vez que ouvi seu nome. Era uma tarde quente de domingo, e a televisão na sala estava sintonizada em um jogo qualquer. Um jovem ágil e determinado corria pelo campo, deixando para trás adversários como se fossem meros obstáculos. “Esse menino ainda vai longe”, comentou meu pai, com a sabedoria de quem já viu muitos craques surgirem.

Hoje, Gabriel Jesus é uma estrela no firmamento do futebol europeu. Seu desempenho recente contra o Crystal Palace foi daqueles de tirar o fôlego, capaz de fazer até o mais tranquilo dos torcedores levantar do sofá. Naquele instante, não era apenas um jogo; era um espetáculo.

No Brasil, milhares de olhos grudados nas telas, buscando formas de onde assistir Arsenal jogar, vibram a cada passe certeiro e cada gol marcado pelo brasileiro. É como se cada chute dele carregasse consigo um pouco da paixão que sentimos por este esporte. E mesmo a quilômetros de distância, há uma conexão quase palpável entre os torcedores daqui e os estádios lotados da Europa.

A jornada de Gabriel não é só dele; é uma parte do nosso DNA futebolístico sendo celebrada em terras estrangeiras. Ele representa aquela fagulha de esperança que temos ao ver um dos nossos brilhar lá fora. Faz-nos lembrar dos tempos em que Pelé e Zico encantavam o mundo, mostrando que a ginga brasileira é inigualável.

Assim, ao vestir a camisa do Arsenal, Gabriel não só veste as cores de um clube inglês, mas carrega também as esperanças e sonhos de toda uma nação apaixonada por futebol. E, enquanto ele corre pelos gramados da Premier League, nós corremos junto com ele, torcendo e vibrando, porque no fim das contas, somos todos parte deste incrível espetáculo chamado futebol.