Era uma manhã como outra qualquer quando me deparei com a inevitável pergunta: quanto está o dólar hoje? A tela do celular piscava, trazendo a cotação do dólar como quem anuncia a previsão do tempo. É curioso pensar que, para muitos de nós, o valor do dólar é quase tão importante quanto saber se vai chover ou não. Afinal, ele dita o rumo de muitas decisões.

Dizem que o dólar é como aquele amigo inconveniente que aparece sem ser convidado, mas sempre acaba ficando mais tempo do que deveria. Ele está presente nas conversas de café, nos grupos de WhatsApp e até nas preocupações ao abastecer o carro. Quem nunca ouviu alguém dizer que “tá tudo caro por causa do dólar”?

Lembro-me de uma vez em que planejava uma viagem dos sonhos para fora do país. Passagens compradas, hotéis reservados, e lá estava eu, ansioso, acompanhando a cotação diária do dólar. A cada subida, uma pontada de incerteza; a cada queda, um suspiro de alívio. E assim seguimos, dançando conforme a música que a economia toca.

E não é só nas grandes decisões que o dólar faz sua presença ser sentida. Ele está ali também na hora de decidir entre comprar aquele produto importado ou optar por uma versão nacional. Ou quando pensamos em investir nossas economias, tentando entender se aquele leilão do Banco Central vai finalmente estabilizar as coisas.

No final das contas, o dólar é um lembrete constante de que estamos todos conectados a algo maior. Um simples número que pode mudar tanto. É curioso como ele influencia nosso cotidiano, mesmo que nem sempre percebamos. Talvez seja hora de aceitarmos essa presença e aprendermos a lidar com ela com um pouco mais de leveza. Afinal, como diz aquele velho meme: “Se a vida te der limões, cheque a cotação do dólar antes de fazer uma limonada”.