Desde que as primeiras notícias sobre The Witcher 4 começaram a circular, uma onda de excitação tomou conta dos fãs da franquia. A expectativa era quase palpável, como se todos estivessem esperando pela volta de um velho amigo que traz histórias de terras distantes e aventuras mágicas.

Lembro-me da primeira vez que me deparei com Geralt de Rívia. Não foi nos livros de Andrzej Sapkowski, como seria de se esperar, mas sim através do brilho cintilante de uma tela. O jogo me chamou a atenção não apenas pela sua jogabilidade envolvente, mas pela profundidade dos seus personagens do Witcher e a complexidade moral das suas escolhas. Era como ler um bom romance, onde cada decisão carregava um peso e uma consequência.

No Brasil, a série ‘The Witcher’ encontrou um lar caloroso. Talvez porque nós, brasileiros, temos uma queda por boas histórias — aquelas que nos levam para além do nosso cotidiano. Nas rodas de conversa entre amigos, nas maratonas noturnas de gameplay, ‘The Witcher’ se transformou em mais do que um jogo; virou um fenômeno cultural.

Os memes não demoraram a surgir: Geralt enfrentando desafios no centro de São Paulo ou procurando monstros nos becos do Rio de Janeiro. E quem nunca comparou aquela missão épica a uma noite tentando sair do engarrafamento na Marginal Tietê? A narrativa do jogo se mesclou às nossas próprias histórias, criando uma conexão única entre fantasia e realidade.

Agora, com o anúncio de The Witcher 4, a curiosidade é inevitável: que novos desafios nos esperam? Que novos personagens cruzarão nosso caminho? Será que veremos referências a histórias que também fazem parte do nosso imaginário coletivo, como as lendas do Saci ou do Curupira?

A magia de ‘The Witcher’ não está apenas em seus gráficos deslumbrantes ou na adrenalina das batalhas. Está na maneira como nos transporta para um universo onde podemos ser heróis, enfrentar nossos medos e, talvez, aprender algo sobre nós mesmos no processo. É isso que faz da espera por The Witcher 4 não apenas um desejo por entretenimento, mas uma busca por novas experiências que ressoem com a nossa própria jornada.

E assim seguimos, aguardando ansiosamente pelo retorno a Rívia e ao mundo encantado que tanto nos fascina. Porque, no fundo, cada um de nós carrega um pouco da alma de um bruxo, sempre à procura do próximo mistério a ser desvendado.