No Brasil, o horóscopo tem um papel curioso na vida das pessoas. Quem nunca abriu o jornal ou uma revista só para dar uma espiadinha no que os astros reservam para o dia? E quando o dia é 13 de dezembro, essa curiosidade parece ganhar uma pitada extra de entusiasmo. Talvez porque o número 13 carregue um certo misticismo, ou quem sabe porque estamos todos na expectativa do fim do ano, procurando por sinais que nos guiem ao melhor caminho. A influência da astrologia é sentida por muitos.

Imagine uma cena típica de novela: aquela personagem que acredita piamente nas previsões astrológicas, tipo a dona Marieta, que não sai de casa sem conferir se Marte está retrógrado. Ela é daquelas que vê signo em tudo — “Ah, você é de Gêmeos? Sabia!” — e que diz saber de cor o mapa astral de todos os seus vizinhos.

Naquela manhã de 13 de dezembro, dona Marieta acordou com a sensação de que algo especial estava por vir. Com sua xícara de café na mão e os olhos fixos nas palavras mágicas do horóscopo, ela leu: “Hoje é um dia propício para reencontros e decisões importantes.” Seus olhos brilharam. Era a deixa perfeita para finalmente convidar seu antigo amor, o senhor Joaquim, para um café.

Enquanto isso, na padaria da esquina, seu Zé, um taurino convicto, ria das previsões enquanto conferia o horóscopo só por hábito. “Coisas do destino,” ele dizia, enquanto servia o pãozinho quente para os clientes. Mas até ele não pôde deixar de pensar duas vezes antes de dispensar a previsão do dia: “Cuidado com gastos inesperados,” alertava o texto. Seria um sinal para não apostar no jogo do bicho?

As horas passaram e a cidade seguiu seu curso. Dona Marieta reuniu coragem e ligou para o senhor Joaquim. Ele aceitou o convite com alegria. Naquele café da tarde, sob a influência dos astros e das lembranças compartilhadas, nasceu uma nova promessa de futuro.

E assim, entre risos e encontros, o dia 13 de dezembro foi seguindo seu curso, provando mais uma vez que a magia do horóscopo está menos nos astros e mais naquilo que escolhemos acreditar e fazer com nossas vidas. Porque no fim das contas, como nas melhores novelas, são as nossas ações que escrevem as cenas mais memoráveis.