Quando pensamos em saúde pública no Brasil, logo nos vem à mente a imagem de hospitais lotados, filas intermináveis e a eterna espera por uma solução que nos traga alívio. No Brasil, a saúde é tema constante de conversas de botequim, daquelas que começam com “rapaz, você viu o que aconteceu?” e terminam com um suspiro resignado.

O recente procedimento cirúrgico pelo qual passou o presidente Lula reacendeu esse velho debate, trazendo à tona não apenas preocupações com seu bem-estar pessoal, mas também as implicações políticas de sua recuperação. Afinal, um líder nacional carrega não só o peso de suas próprias dores, mas também as esperanças e ansiedades de milhões de brasileiros.

O Hospital Sírio-Libanês, onde Lula foi tratado, é frequentemente mencionado como um oásis de excelência médica em meio ao deserto das deficiências do sistema público. Essa dicotomia entre o que está disponível para poucos e o que é realidade para muitos levanta questões sobre equidade e justiça social.

Enquanto muitos torcem por sua rápida recuperação, há aqueles que se perguntam: como um homem pode se recuperar plenamente em meio a tanto estresse e expectativa? Aqui, cabe uma reflexão sobre a saúde não apenas como ausência de doença, mas como equilíbrio entre corpo e mente – algo que se torna ainda mais complexo quando se está na linha de frente da política nacional.

Os tempos são outros desde os primeiros mandatos de Lula, mas a ligação entre saúde e política permanece firme. Como diria minha avó, “quando um não está bem, ninguém está”. E assim seguimos, esperando que o nosso destino político encontre equilíbrio na saúde de nossos líderes e no fortalecimento do nosso sistema de saúde.

No fim das contas, cuidar da saúde do presidente é cuidar também do Brasil. Que possamos aprender com este momento a importância de um sistema de saúde forte e acessível para todos, onde a esperança não dependa de nomes ou cargos, mas sim da certeza de que todos têm direito ao cuidado e ao bem-estar.